Nunca na história da Humanidade tivemos tamanha
disposição de informações e dados estruturados e meios para armazena-los.
No começo de 2011, a revista Science publicou um estudo onde é calculado que, até 2007, a
quantidade de dados armazenados mundialmente é de 295 exabytes (1 exabyte
equivale a 1 bilhão de gigabytes). Os cientistas chegaram a este valor
calculando a quantidade de dados guardados em 60 tecnologias analógicas e
digitais entre 1986 e 2007.
Os resultados do estudo também mostraram que a humanidade
transmite diariamente cerca de dois zettabytes de dados (1 zettabyte é 1 mil
exabytes ou 1 trilhão de gigabytes). Isso equivale à leitura de 175 jornais por
pessoa, por dia.
Números tão estratosféricos que sequer somos capazes
de imaginar como grandeza.
Se somente por um dia observarmos a quantidade de
informações que passam por nós no trabalho, teremos que conter o espanto e a
“paralise” - paralisia da análise -, fenômeno que explica nossa indecisão
diante do exagero de informações disponíveis.
Apesar de, obviamente, não lidarmos com esta
quantidade incomensurável de dados e informações, algumas perguntas nos ocorrem
de imediato:
- O que fazer com tudo isto? Como decidir e separar o
que é importante do que não é?
- Como construir conhecimento a partir das informações
selecionadas?
Segue a nossa contribuição a essas inquietações:
A primeira coisa a se fazer é organizar dados e
informações para facilitar a tarefa de selecionar o que importa.
E em seguida, estruturar e implantar métodos e
estratégias que auxiliem na Gestão do Conhecimento que hoje é tida como um
ativo estratégico e um modo transparente de incentivar a partilha de
conhecimentos e saberes acumulados pelos integrantes de uma organização. Neste
caso, o conhecimento é compreendido como resultado de um processo coletivo onde
todos podem contribuir, apropriar e desenvolver o seu próprio conhecimento.
No entanto, Gestão do Conhecimento é muito mais do que
organizar Bancos de Dados, algo que a área de TI resolve sozinha com um pé nas
costas. É o oposto da proposta de controlar e aprisionar as informações.
É antes de tudo a compreensão e o reconhecimento que
cada colaborador da empresa é único, singular e que tem domínio sobre algo que
é relevante para a organização.
A Gestão do Conhecimento, aqui tratada, compreende que
as pessoas de uma organização, dedicam sua força de trabalho em troca de
salário, mas precisam ser convencidas e atraídas a compartilhar o que sabem
através do entendimento que isto contribui para a melhoria das condições de trabalho
de todos.
Na tentativa de estabelecer uma metodologia de
abordagem para a implantação da Gestão do Conhecimento dentro de uma
organização, me proponho a responder as quatro questões nos próximos posts:
1 - Dentro de uma organização, quem é que sabe?
2 - Como captar, organizar e colocar à disposição os
saberes de uma forma didática e atraente?
3 - Quem deve coordenar o processo de Gestão do
Conhecimento numa empresa?
4 - Que resultados podemos esperar de um processo de
Gestão do Conhecimento?
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