A Gestão do Conhecimento
utiliza estratégias para organizar e compartilhar dados e incentivar a produção
de conhecimento. Os meios para compartilhamento são uma preocupação tão
relevante quanto a de gerar conhecimentos.
A seguir, algumas
estratégias e também alguns instrumentos de gestão:
Narrativas - comentários,
relatos de experiências, resultados, propostas, práticas e aprendizados errados
ou corretos.
Mapeamento do conhecimento -
um mapa de repositórios de conhecimento (pessoas, arquivos e bases de dados).
Recompensas - premiações que
motivam a partilha de dados e informações.
Comunidades de prática e
conhecimento - coletivos que reúnem-se com frequência para debates de assuntos
específicos ou de áreas específicas, são espaços para compartilhamento de
informação, experiência e saber.
Sistemas de comunicação e
informação - Bancos de Dados, softwares, groupwares, blogs, redes sociais e
portais utilizados em rede de modo a propiciar o maior número de acessos pelo
maior número de pessoas.
Data Mining ou Garimpagem de
Dados - exploração de grandes quantidades de dados à procura de padrões
consistentes para detecção de relacionamentos sistemáticos entre variáveis,
gerando novos subconjuntos de dados, que se transformarão em decisões de
marketing e relacionamento.
Feiras do conhecimento -
eventos realizados para que trabalhadores apresentem produtos, práticas,
projetos ou mesmo ideias inovadoras.
Medição do capital
intelectual - utilização de metodologias para medição e divulgação do
conhecimento explícito nas organizações.
Corretores de conhecimento -
são pessoas que intermediam o desenvolvimento de relacionamentos e redes entre
produtores e utilizadores de conhecimento fornecendo conexões e fontes de
conhecimento.
Há que se ressaltar que na
escolha da estratégia o foco não são os processos e nem a tecnologia e sim as
pessoas que darão vida e vigor à dinâmica do conhecimento.
Estas estratégias, no entanto,
precisam ser atraentes e se caracterizar, principalmente, pelo que facilitam na
comunicação. É necessário, portanto, muito cuidado na escolha da linguagem
utilizada. Vejamos o exemplo de duas Comunidades de Prática formadas numa
empresa que produz sementes transgênicas.
Na de biólogos a linguagem
pode ser técnica e remeter a expressões e conceitos científicos de uso
costumeiro a todos os participantes, pois a princípio todos tiveram uma
formação acadêmica comum. Numa outra Comunidade, a formada por fazendeiros,
engenheiros agrônomos e técnicos das Casas da Lavoura a linguagem deve ser coloquial e dialógica condizente com os
vários olhares que cada grupo tem da questão que está sendo debatida naquele
momento. É preciso compreender e respeitar o que é homogêneo e heterogêneo em
cada Comunidade.
A linguagem empregada também
pode:
- Relacionar assuntos
discutidos com perguntas de modo a gerar reflexões de como o trabalho cotidiano
vem sendo feito;
- Utilizar relatos captados
em audiovisual das vivências e experiências de colaboradores da organização,
participantes ou não, em processos de construção do conhecimento;
- Usar variadas fontes de
pesquisa de modo a enriquecer as informações e ampliar o vocabulário dos
participantes;
- Lançar mão de iconografia
variada como as imagens de arquivo da empresa incluindo fotos novas ou antigas,
mapas e ilustrações arqueológicas.
O que temos observado, em
anos de prática de consultoria, no entanto, é que respeito à cultura e aos
limites de cada um dos participantes é um fator comum às estratégias de
sucesso.
O respeito às
várias opiniões sobre o mesmo assunto nos enriquece como pessoas e
profissionais, enquanto que a obsessão da busca da mesma opinião produz o
resultado de opinião nenhuma, em outras palavras, quando todos dizem ter a
mesma opinião sobre um determinado assunto, saibamos que ela é vazia de vida e
sentido e ausente de questionamentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário