sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Como captar, organizar e colocar à disposição os saberes de uma forma didática e atraente?


A Gestão do Conhecimento utiliza estratégias para organizar e compartilhar dados e incentivar a produção de conhecimento. Os meios para compartilhamento são uma preocupação tão relevante quanto a de gerar conhecimentos.
A seguir, algumas estratégias e também alguns instrumentos de gestão:
Narrativas - comentários, relatos de experiências, resultados, propostas, práticas e aprendizados errados ou corretos.
Mapeamento do conhecimento - um mapa de repositórios de conhecimento (pessoas, arquivos e bases de dados).
Recompensas - premiações que motivam a partilha de dados e informações.
Comunidades de prática e conhecimento - coletivos que reúnem-se com frequência para debates de assuntos específicos ou de áreas específicas, são espaços para compartilhamento de informação, experiência e saber.
Sistemas de comunicação e informação - Bancos de Dados, softwares, groupwares, blogs, redes sociais e portais utilizados em rede de modo a propiciar o maior número de acessos pelo maior número de pessoas.
Data Mining ou Garimpagem de Dados - exploração de grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes para detecção de relacionamentos sistemáticos entre variáveis, gerando novos subconjuntos de dados, que se transformarão em decisões de marketing e relacionamento.
Feiras do conhecimento - eventos realizados para que trabalhadores apresentem produtos, práticas, projetos ou mesmo ideias inovadoras.
Medição do capital intelectual - utilização de metodologias para medição e divulgação do conhecimento explícito nas organizações.
Corretores de conhecimento - são pessoas que intermediam o desenvolvimento de relacionamentos e redes entre produtores e utilizadores de conhecimento fornecendo conexões e fontes de conhecimento.
Há que se ressaltar que na escolha da estratégia o foco não são os processos e nem a tecnologia e sim as pessoas que darão vida e vigor à dinâmica do conhecimento.
Estas estratégias, no entanto, precisam ser atraentes e se caracterizar, principalmente, pelo que facilitam na comunicação. É necessário, portanto, muito cuidado na escolha da linguagem utilizada. Vejamos o exemplo de duas Comunidades de Prática formadas numa empresa que produz sementes transgênicas.
Na de biólogos a linguagem pode ser técnica e remeter a expressões e conceitos científicos de uso costumeiro a todos os participantes, pois a princípio todos tiveram uma formação acadêmica comum. Numa outra Comunidade, a formada por fazendeiros, engenheiros agrônomos e técnicos das Casas da Lavoura a linguagem deve ser  coloquial e dialógica condizente com os vários olhares que cada grupo tem da questão que está sendo debatida naquele momento. É preciso compreender e respeitar o que é homogêneo e heterogêneo em cada Comunidade.
A linguagem empregada também pode:
- Relacionar assuntos discutidos com perguntas de modo a gerar reflexões de como o trabalho cotidiano vem sendo feito;
- Utilizar relatos captados em audiovisual das vivências e experiências de colaboradores da organização, participantes ou não, em processos de construção do conhecimento;
- Usar variadas fontes de pesquisa de modo a enriquecer as informações e ampliar o vocabulário dos participantes;
- Lançar mão de iconografia variada como as imagens de arquivo da empresa incluindo fotos novas ou antigas, mapas e ilustrações arqueológicas.
O que temos observado, em anos de prática de consultoria, no entanto, é que respeito à cultura e aos limites de cada um dos participantes é um fator comum às estratégias de sucesso.
O respeito às várias opiniões sobre o mesmo assunto nos enriquece como pessoas e profissionais, enquanto que a obsessão da busca da mesma opinião produz o resultado de opinião nenhuma, em outras palavras, quando todos dizem ter a mesma opinião sobre um determinado assunto, saibamos que ela é vazia de vida e sentido e ausente de questionamentos.

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