quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Temas do Momento - Storytelling



Dossiê Storytelling
O ouvinte atual quer editar
Antes de se debruçar sobre uma história, é necessário colocar-se na pele do ouvinte. Hoje, ele navega com naturalidade pela internet, entre publicações online, redes sociais e sites corporativos. Está acostumado a desempenhar papel ativo em sua relação com as demais pessoas e também como consumidor. Sabe que tem canais para expressar suas opiniões - sobre o mundo dos negócios ou sobre algo fora dele -, que pode se tornar seguidor de um produto ou personagem público e abandoná-lo mais adiante. E gosta de fazer isso.
A internet oferece uma quantidade ilimitada de informações, as quais, se bem utilizadas, podem deixar a descoberto as estratégias de uma companhia. Isso é amplificado pelo fato de os dispositivos móveis nos permitirem estar sempre conectados e transportar nossa experiência de web praticamente a qualquer lugar em que estejamos.
A firma de consultoria Latitude fez uma pesquisa de campo em 2012 para saber o que os usuários de todo o mundo esperam das narrativas e como gostariam de experimentá-las. Na primeira entrega de resultados, um relatório intitulado The Future of Storytelling identificou tendências e atitudes da audiência sobre o conteúdo desses relatos e fez recomendações para narradores do futuro:
       Criar uma experiência que permita ao usuário mergulhar no conteúdo em várias mídias, apelando a seus múltiplos sentidos.
       Permitir à pessoa que faça parte da narrativa, interagindo com ela.
       Garantir que haja coerência entre a narrativa e os diferentes pontos de contato dos consumidores com os produtos e serviços.
À medida que a web se torna mais interativa e ubíqua, os usuários querem aumentar o controle sobre suas experiências individuais e os conteúdos das diversas histórias às quais estão expostos no dia a dia.

Assim, para ser perfeita, uma história tem de satisfazer as necessidades de informação básicas instantaneamente (por exemplo, obter contexto cultural e histórico de um lugar ou personagem) e permitir que o usuário, onde quer que se encontre, possa editá-la e dar-lhe um novo significado.




(Re)Aprenda a contar Histórias
por Robert McKee
Todas as pessoas são, em alguma medida, contadoras de história natas - ou foram, até que isso lhes foi arrancado. Toda criança conta e adora histórias. As histórias se encaixam perfeitamente na mente humana; a narrativa é a forma como a mente interpreta a realidade.
Pense em como uma pessoa relembra seu passado: é como uma série de estatísticas? Não, ela volta, pega os fatos principais, elimina tudo que é banal e concentra esses eventos em uma história, a que chama de memória.
A mente faz isso naturalmente. Se consegue se lembrar, você consegue contar uma história, porque sua mente contou a história para você.
Como você tenta imaginar o futuro? Também como uma história. Todo ser humano é capaz de pensar: “Se eu fizer isso, vou arrumar encrenca, mas, se eu fizer aquilo, tudo bem”. Todo mundo é capaz de pensar no formato história. Então, isso é natural.
Na escola arrancaram isso de você, querendo que execute tarefas e memorize dados. Treinam o aluno a pensar e se expressar retoricamente, com argumentos indutivos ou dedutivos. Eu sugeriria a quem são se sente um contador de histórias nato que se lembre de quando era criança. E conscientize-se: você conta histórias para si mesmo todos os dias, seja pensando no passado, seja olhando para o futuro. Se deixaram esse contador de histórias ir embora, você pode trazê-lo de volta.
Contar histórias passa também por falar em público, o que as pessoas costumam fazer apoiadas em uma apresentação em PowerPoint, que as conduz passo a passo. Então, o problema real pode ser outro: não é que você não sabe contar uma história, e sim que não consegue improvisar. Para ser um storyteller, realmente é preciso ser capaz de improvisar. Isso exige coragem, mas, sobretudo, prática.
Falar em público é um exercício como outro qualquer - nadar, correr, jogar tênis. Você tem de aprender a improvisar de pé. A melhor maneira de começar, entre as que conheço, é ter um pequeno público caseiro, como a esposa ou um grande amigo. Você ensaia e pratica diante dele. Atores que interpretam Shakespeare não entram no palco na noite da estreia e saem falando, sabia? Eles ensaiam por 12 semanas. E têm Shakespeare ao lado deles, enquanto você não tem.

A prova de fogo são as crianças e jovens. Se conseguiu atrair a atenção da esposa e do amigo, talvez seja porque eles querem lhe agradar, mas, se atrair a atenção de seus filhos, aí já existe algum avanço. Se captar a atenção de uma criança de seis anos, então pode comemorar a valer! Ela tem a amplitude de atenção de um mosquito. Sente-a a seu lado e diga: “Vou te contar uma história”. Se essa criança ficar um pouco sentada, parabéns!
Fonte: HSM Management - julho/agosto 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Tendências em Educação e CONARH 2013

Grupo de Estudos da ABRH





Na segunda-feira, dia 05 de Agosto, o grupo de estudos de Tendências em Educação Corporativa da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos) reuniu-se para um bate-papo com dois especialistas no tema: Rodrigo Corrêa Leite e Dorival Donadão. Rodrigo é o responsável por Educação Corporativa no Grupo 3Corações e Dorival é sócio do Instituto Vida e Carreira e da DNConsult. O grupo de estudos gentilmente abriu essa reunião para convidados e o Questão de Coaching esteve presente, aprendendo e refletindo com todos. Somos gratos pela oportunidade. Rodrigo e Dorival compartilharam um pouco da experiência e do conhecimento que possuem na área e faremos um breve resumo dessa excelente reunião.
Missão da Educação Corporativa
É importante a educação corporativa atuar em dois eixos: pessoas e resultados. Ser uma parceira do negócio sem descuidar do indivíduo, buscar uma proximidade com as pessoas e falar a língua do negócio (contexto/cultura, origem da empresa). Disseminar a cultura da empresa sempre se aproximando do desejado.
Como começar?
Normalmente é muito difícil, se dá “murro em ponta de faca” até vender a ideia de que o projeto é importante. Um forte patrocinador na empresa que banque o projeto é um diferencial importantíssimo. A educação corporativa deve ser projetada sob medida para a empresa, como faz um alfaiate. Hoje se defende um prazo mais elástico para gerar resultados, de três anos com ciclos de um ano e meio, para que haja tempo suficiente de plantar e colher os frutos. Um ponto importante é conscientizar que é o próprio indivíduo o agente do desenvolvimento. Não existe varinha mágica!
Educação Corporativa na prática
Ser pai é o melhor curso de liderança que existe. Você é observado o tempo todo e a criança não aprende com o que você fala, mas com o que você faz. Ela imita seus gestos, suas ações e aprende com isso. Não devemos fazer com que a educação seja um débito a ser pago, uma punição, mas sim um partilhar de saber. Devemos convidar as pessoas a partilharem seus conhecimentos, pois não existe um controle total, tudo está na forma com que é feito. Isso significa que não adianta pensar que a educação corporativa se resolve apenas “falando” em sala de aula, devemos estar perto e proporcionar o aprendizado na prática.
Qual o papel do RH?
Ser assertivo. Estar próximo das pessoas, sair de suas salas e ir até onde estão as pessoas, criar comunidades de prática, trabalhar com a experiência direta e buscar outras formas de prestar contas sobre os retornos da educação corporativa.
Gestão do Conhecimento
A educação corporativa não é detentora do conhecimento, mas multiplicadora dele. O conhecimento está nas pessoas e não no departamento. Devemos sempre pensar se estamos levando o conhecimento para onde é preciso. Cabe uma reflexão: o conhecimento é gerenciável? Talvez existam momentos em que podemos fotografar o conhecimento e aprender, pois tudo é muito dinâmico, o conhecimento não é algo fixo que se gerencia facilmente. Podemos “fotografar” o momento, o contexto sob o qual o conhecimento faz parte e trabalhar com ele.
Quais as tendências?

Ainda não se descobriu uma fórmula para fazer decolar a educação corporativa, que ainda está vinculada a um modelo tradicional. Existem muitos questionamentos e poucas respostas para que o conceito de educação corporativa seja aceito e firmado no cenário atual. Mas é necessário mudar a maneira como se enxerga o aprendizado, dar mais valor a ele e entender que é um benefício e não um castigo.

Dorival Donadão

Rodrigo Corrêa Leite
Para saber mais sobre o Rodrigo Corrêa vá até o Blog Escola Corporativa

Grupo de Estudos Tendências em Educação Corporativa

Equipe Questão de Coaching


Publicação Original: Questão de Coaching





No stand da Ciatech no CONARH 2013