sexta-feira, 26 de abril de 2013

Liderança sem Adjetivos - 01







A essência da liderança

Já aconteceu com o Marketing. E agora está acontecendo com o termo Liderança.
De alguns anos para cá são muitas as derivações do Marketing:
Marketing de Guerrilha
Marketing de Serviços
Endomarketing
Marketing Business-to-Business
E assim por diante...
Dezenas de qualificações para o conceito de Marketing que, afinal, tem uma só essência: “Marketing é a conexão da organização com os seus clientes.” (Ferrel/Hartline)
Ou, se quiserem, num entendimento mais extenso: “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, precificação, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas.” (American Marketing Association)
Os desdobramentos e adjetivos de Liderança parecem ir pelo mesmo caminho:
Liderança Situacional
Liderança Transformadora
Liderança Educadora
Liderança de Resultados
Liderança etc. etc....
Afinal, não será a hora de buscarmos a essência do conceito de Liderança? Se o Marketing existe para conectar as organizações aos seus clientes, para que existe a Liderança?
A primeira tendência é a de associar o líder à sua capacidade de ter seguidores. Mas essa concepção já foi largamente questionada. O que prevalece hoje nos conceitos mais “oxigenados” é que o verdadeiro líder forma outros líderes, e não meros seguidores.
Pode fazer sentido, mas será que há espaço para tanta liderança? Não corremos o risco de banalizar a liderança ao contrário de enaltecê-la?
Essas e outras questões serão o nosso desafio de resposta nas próximas inserções deste blog.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dicas de Leitura - O Marketing na Era do Nexo







O Marketing na Era do Nexo
Novos caminhos num mundo de múltiplas opções
Walter Longo e Zé Luiz Tavares
Best Seller
Na Livraria Saraiva R$ 29,90










“Demita o diretor de marketing... ou o promova a diretor de nexo.” Essa provocação dá o tom desse livro instigante e altamente pertinente para os tempos de mudanças contínuas que estamos vivendo.
O papel sistêmico e a função múltipla do marketing não pode se subordinar às quatro paredes do departamento de marketing: é urgente descentralizar, simplificar, democratizar e desdobrar o marketing pela Organização, assim como aconteceu com TI.
Encontrar o nexo, as inter-relações e associações das ações de marketing é a base do nexialismo, conceito que vai além do campo de marketing e que deve pautar também a ação, os projetos e as iniciativas do RH. E até mesmo a intuição do RH... O termo intuição, ensina o livro, vem do latim “intueri”, que significa “olhar atentamente”. E talvez esteja aí, na observação focada, um dos segredos para se obter intuições confiáveis, intuições com nexo. “Ao combinar razão e intuição, podemos nos tornar verdadeiros visionários. E você sabe: visão é o marco inicial do nexo. Visão é tudo. É o que faz a diferença entre um circo qualquer e o Cirque du Soleil.”
Encontrar o nexo entre as decisões e a história da organização, seus negócios, clientes, crenças e valores, políticas e diretrizes, metas e planos de trabalho. Como se vê, um desafio e tanto...
O livro aponta novos modelos de pensar e agir na dinâmica empresarial, sempre com o desafio subentendido nas perguntas que algumas crianças da escola fundamental nos Estados Unidos endereçavam (em cartinhas) a ninguém menos do que Deus:
  • Querido Deus, Você queria mesmo que a girafa se parecesse assim ou foi um acidente?
  • Em vez de deixar as pessoas morrerem e ter de fazer outras novas, por que Você não mantém essas que já existem agora?
  • Quem desenha as linhas em volta dos países?
  • Nós lemos que Thomas Edison fez a luz. Mas na escola dominical aprendemos que foi Você. Eu acho mesmo que ele roubou sua ideia.
  • Talvez Caim e Abel não matassem um ao outro se eles tivessem o próprio quarto. Isso funciona com meu irmão.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dicas de Leitura - Perseguindo Estrelas








Perseguindo Estrelas
O mito do talento e da portabilidade do desempenho
Boris Groysberg
Editora Évora
Na Livraria Cultura R$ 99,00







Pergunta essencial: Os assim chamados “talentos” são profissionais com “luz própria” e competências altamente transferíveis para outros ambientes? Ou são altamente dependentes dos recursos e cultura do ambiente onde performam?
O livro explora em detalhes uma pesquisa e estudo de caso envolvendo 1053 analistas de investimentos de Wall Street que trabalhavam para 78 bancos de investimentos e eram tidos como “estrelas” de alta performance em suas áreas de trabalho (período da pesquisa: de 1988 a 1996).
Para efeito de comparação foram utilizadas informações sobre 20 mil analistas não considerados “estrelas” (com performance regular).
Aprofundando o estudo foram conduzidas mais de 200 entrevistas individuais com os públicos envolvidos (os próprios analistas e alguns de seus contatos usuais).
O livro aborda uma ocupação específica, mas é facilmente aplicável a outras carreiras profissionais.
O livro
São 13 capítulos em 428 páginas, uma leitura densa, mas altamente aproveitável para as questões ligadas a Recursos Humanos, Cultura e Desenvolvimento Organizacional.
Estrutura-se o texto em três partes:
I - Talento e Portabilidade
II - Facetas da Portabilidade
III - Implicações para a Gestão de Talentos
A premissa é que se o desempenho de uma estrela for predominantemente uma função do seu talento ou das suas competências, ele será, por definição, facilmente portável para outro emprego.
Essa presunção já determina um ponto de alerta: se o talento é facilmente transferível, ele não representa uma vantagem duradoura para a empresa, já que pode levantar-se a qualquer hora e levar consigo seu excelente desempenho...
Mais do que isso, o livro questiona o caráter portátil do talento, assumindo que há poucas evidências da prevalência dessa portabilidade.
Ao contrário, prevalecem indicações de que a reprodução do talento só acontecerá quando os atributos do contexto organizacional – a estrutura, os processos, as políticas, o estilo de liderança – não colidirem com o sistema individual de crenças e com o estilo de trabalhos do próprio talento.
Tudo isso além do peso representado pela equipe, a somatória de competências e a compatibilidade produtiva dos integrantes da força de trabalho do profissional talentoso.
Consulta: Revista HSM Management, Book Summary nº 11