Perseguindo Estrelas
O mito do talento e da portabilidade do desempenho
Boris Groysberg
Editora Évora
Na Livraria Cultura R$ 99,00
Pergunta
essencial: Os assim chamados “talentos” são profissionais com “luz própria” e
competências altamente transferíveis para outros ambientes? Ou são altamente
dependentes dos recursos e cultura do ambiente onde performam?
O livro
explora em detalhes uma pesquisa e estudo de caso envolvendo 1053 analistas de
investimentos de Wall Street que trabalhavam para 78 bancos de investimentos e
eram tidos como “estrelas” de alta performance em suas áreas de trabalho
(período da pesquisa: de 1988 a 1996).
Para efeito de
comparação foram utilizadas informações sobre 20 mil analistas não considerados
“estrelas” (com performance regular).
Aprofundando o
estudo foram conduzidas mais de 200 entrevistas individuais com os públicos
envolvidos (os próprios analistas e alguns de seus contatos usuais).
O livro aborda
uma ocupação específica, mas é facilmente aplicável a outras carreiras
profissionais.
O livro
São 13
capítulos em 428 páginas, uma leitura densa, mas altamente aproveitável para as
questões ligadas a Recursos Humanos, Cultura e Desenvolvimento Organizacional.
Estrutura-se o
texto em três partes:
I - Talento e
Portabilidade
II - Facetas
da Portabilidade
III - Implicações
para a Gestão de Talentos
A premissa é
que se o desempenho de uma estrela for predominantemente uma função do seu
talento ou das suas competências, ele será, por definição, facilmente portável
para outro emprego.
Essa presunção
já determina um ponto de alerta: se o talento é facilmente transferível, ele
não representa uma vantagem duradoura para a empresa, já que pode levantar-se a
qualquer hora e levar consigo seu excelente desempenho...
Mais do que
isso, o livro questiona o caráter portátil do talento, assumindo que há poucas
evidências da prevalência dessa portabilidade.
Ao contrário,
prevalecem indicações de que a reprodução do talento só acontecerá quando os
atributos do contexto organizacional – a estrutura, os processos, as políticas,
o estilo de liderança – não colidirem com o sistema individual de crenças e com
o estilo de trabalhos do próprio talento.
Tudo isso além
do peso representado pela equipe, a somatória de competências e a
compatibilidade produtiva dos integrantes da força de trabalho do profissional
talentoso.
Consulta: Revista HSM
Management, Book Summary nº 11
Nenhum comentário:
Postar um comentário