O
contexto de negócios no Brasil vem apontando uma clara tendência de
sofisticação do conhecimento.
Não é
nada elitista nem acadêmico; trata-se da simples descoberta que a inteligência
de mercado é, cada vez mais, uma arma competitiva. E do que se trata, afinal,
adotar a inteligência de mercado?
Significa
reconhecer algumas premissas que já fazem parte de todas (poucas) empresas
brasileiras de atuação global:
Informação é uma Commoditie
O mundo
da Internet não deixa nenhuma dúvida. Volume de informação é algo plenamente
acessível e de utilidade duvidosa, na medida em que a própria quantidade
vulgariza a informação.
A questão
é, agora, qualificar e interpretar a informação e não mais simplesmente
obtê-la.
Como aplicar o conhecimento ao gerenciamento de negócios?
O recente
surgimento dos movimentos mais estruturados de Educação Corporativa já é uma
resposta à questão de equilíbrio entre o pragmatismo de resultados das
Organizações e os princípios de efetividade na aprendizagem e na evolução do
conhecimento.
Ao
reforçar o vínculo entre o direcionamento estratégico (Visão e Missão) a
identidade corporativa (Crenças e Valores) e as competências essenciais (perfil
e estilo gerencial) a moderna abordagem de Educação Corporativa garante o maior
alinhamento entre essas iniciativas e o escopo de resultados das empresas
A Escola – Empresa e a Empresa – Escola
De fato,
vem acontecendo uma crescente escolarização das empresas (ao assumirem papéis
complementares à educação formal) e o empresariamento das escolas (ao adaptar
conteúdos, metodologias e linguagem mais próximas ao mundo dos negócios).
Nenhuma surpresa, se constatarmos que eventuais dicotomias entre esses
universos, quando acontecem, apenas fortalecem os distanciamentos entre a
academia e a vida empresarial, um verdadeiro jogo de “perde-perde”.
O gestor e o líder assumem o papel de agentes educacionais
É claro e
notório outro movimento de natural incorporação, por parte dos profissionais em
cargos de liderança, de um papel de treinador e de orientador. A propagação do
consultor interno em diversas áreas organizacionais reflete essa dinâmica, ao
mesmo tempo em que ajuda a quebrar a limitação desse processo aos profissionais
de Recursos Humanos. Também a designação de Sponsors internos para as Áreas de
Conhecimento das Universidades Corporativas é a prova da transformação do líder
carismático em líder educador.
A formação de uma Cultura do Conhecimento
Permeando
todo esse cenário, o que se observa é a formação de uma nova consciência nos
ambientes empresariais, no sentido de se construir uma verdadeira cultura do
conhecimento, retendo expertise e capital intelectual e, mais do que isso,
criando um novo estágio de relacionamento interno onde a educação é um valor e
a transmissão do saber um veículo de interação. Se essa for de fato uma
tendência, quem sabe estaremos reaprendendo uma velha e boa prática da
cidadania, esquecida pela fragilização das relações humanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário