segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Sociedade do Conhecimento


O contexto de negócios no Brasil vem apontando uma clara tendência de sofisticação do conhecimento.
Não é nada elitista nem acadêmico; trata-se da simples descoberta que a inteligência de mercado é, cada vez mais, uma arma competitiva. E do que se trata, afinal, adotar a inteligência de mercado?
Significa reconhecer algumas premissas que já fazem parte de todas (poucas) empresas brasileiras de atuação global:

Informação é uma Commoditie
O mundo da Internet não deixa nenhuma dúvida. Volume de informação é algo plenamente acessível e de utilidade duvidosa, na medida em que a própria quantidade vulgariza a informação.
A questão é, agora, qualificar e interpretar a informação e não mais simplesmente obtê-la.

Como aplicar o conhecimento ao gerenciamento de negócios?
O recente surgimento dos movimentos mais estruturados de Educação Corporativa já é uma resposta à questão de equilíbrio entre o pragmatismo de resultados das Organizações e os princípios de efetividade na aprendizagem e na evolução do conhecimento.
Ao reforçar o vínculo entre o direcionamento estratégico (Visão e Missão) a identidade corporativa (Crenças e Valores) e as competências essenciais (perfil e estilo gerencial) a moderna abordagem de Educação Corporativa garante o maior alinhamento entre essas iniciativas e o escopo de resultados das empresas

A Escola – Empresa e a Empresa – Escola
De fato, vem acontecendo uma crescente escolarização das empresas (ao assumirem papéis complementares à educação formal) e o empresariamento das escolas (ao adaptar conteúdos, metodologias e linguagem mais próximas ao mundo dos negócios). Nenhuma surpresa, se constatarmos que eventuais dicotomias entre esses universos, quando acontecem, apenas fortalecem os distanciamentos entre a academia e a vida empresarial, um verdadeiro jogo de “perde-perde”.

O gestor e o líder assumem o papel de agentes educacionais
É claro e notório outro movimento de natural incorporação, por parte dos profissionais em cargos de liderança, de um papel de treinador e de orientador. A propagação do consultor interno em diversas áreas organizacionais reflete essa dinâmica, ao mesmo tempo em que ajuda a quebrar a limitação desse processo aos profissionais de Recursos Humanos. Também a designação de Sponsors internos para as Áreas de Conhecimento das Universidades Corporativas é a prova da transformação do líder carismático em líder educador.

A formação de uma Cultura do Conhecimento
Permeando todo esse cenário, o que se observa é a formação de uma nova consciência nos ambientes empresariais, no sentido de se construir uma verdadeira cultura do conhecimento, retendo expertise e capital intelectual e, mais do que isso, criando um novo estágio de relacionamento interno onde a educação é um valor e a transmissão do saber um veículo de interação. Se essa for de fato uma tendência, quem sabe estaremos reaprendendo uma velha e boa prática da cidadania, esquecida pela fragilização das relações humanas.

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