Um
pouco de história
As Universidades Corporativas (UC) surgiram nos Estados Unidos, lá
pelos anos 60/70, com um propósito central: complementar o conteúdo da formação
acadêmica tradicional, agregando temas, habilidades e conhecimentos que só as
empresas podem “ensinar”.
Em outras palavras,
agregando a fotografia da realidade aos
currículos acadêmicos e compondo, assim, uma fórmula inovadora de ensino e
aprendizagem, conectando teoria e prática, o saber e o fazer.
Grande parte das iniciativas
de UC nasceu com foco no desenvolvimento técnico-operacional e gerencial,
priorizando o público interno. Foi assim com a Motorola (ênfase no conhecimento técnico e tecnológico), com o McDonald’s (ênfase nos processos e
padrões) e General Eletric (ênfase
na formação das lideranças).
Com o avanço e evolução das
experiências, vários projetos de UC alargaram o seu foco, incluindo os
principais agentes da Cadeia do Negócio: fornecedores, prestadores de serviços
e, principalmente, clientes ou usuários finais.
Também os currículos foram
redimensionados, aliando as competências essenciais do negócio aos atributos da
cultura organizacional (crenças, valores e práticas que conferem identidade à
empresa).
Com essa abrangência, o
contexto educacional passa a refletir, com maior propriedade, o contexto real,
ampliando as conexões entre o saber e o agir (transformar a realidade).
Decorridas poucas décadas
desde as primeiras iniciativas, o
conceito de UC passou por uma seleção natural, reduzindo os mais de 2.000
casos nos Estados Unidos (por volta dos anos 90) para algumas centenas de projetos
em operação na atualidade. O mesmo processo aconteceu no Brasil: saímos de uma
“febre” inicial de entusiasmo para um patamar mais realístico e consistente,
com vários destaques dentre as empresas nacionais.
É o que iremos explorar no
próximo texto desta série.
Nenhum comentário:
Postar um comentário